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O segundo Domingo da Páscoa é chamado de Domingo da Divina Misericórdia.
18/04/2020 às 08:50.
Uma festa solicitada por Jesus a uma pequena freira polonesa entre a primeira e a segunda Guerra Mundial, que "seja de abrigo e refúgio para todas as almas". A humanidade, disse Cristo que apareceu à irmã Faustina Kowalska, "não encontrará a paz até quando não se dirigirá à fonte da minha misericórdia". Palavras que o Papa Francisco recordou quarta-feira, no final da audiência geral, na sua saudação aos fiéis poloneses, lembrando o encontro deste domingo, o segundo da Páscoa, chamado "in albis", e desde o ano 2000 Festa da Divina Misericórdia.
Na quinta-feira, a Sala de Imprensa vaticana comunicou que este ano o Papa celebrará a Missa não na Praça São Pedro, como no passado, e em 2014 foi uma ocasião especial, com a canonização de João Paulo II e João XXIII, e nem mesmo na Basílica do Vaticano, como no tríduo pascal que acaba de se concluir, mas na Igreja do Santo Espírito em Sassia, a poucos metros da grande praça de Bernini. Desde o dia 1º de janeiro de 1994 este templo reconstruído em meados de 1500 por Paulo III, por desejo do Papa Wojtyla é centro de espiritualidade da Divina Misericórdia.
Vinte e cinco anos depois será ainda monsenhor Jozef Bart a dar as boas-vindas ao Sucessor de Pedro à Igreja de Santo Espírito em Sassia e a concelebrar a Missa no segundo domingo da Páscoa, em forma privada, desta vez, ao vivo pela televisão e em streaming pelo Vatican News. Pela primeira vez, também, um Papa guiará a recitação do Regina Coeli da igreja que faz parte do complexo hospitalar homônimo. O reitor, aos nossos microfones, disse estar convencido de que Francisco vai lançar "deste centro italiano da espiritualidade da Divina Misericórdia, uma mensagem de misericórdia para todo o mundo, "especialmente - como disse aos fiéis poloneses na quarta-feira - para aqueles que sofrem nestes tempos difíceis".
R. - O Papa Francisco que distribuiu o prequeno Terço da Misericórdia, que ele chamou de "misericordina", mais de duas vezes, desencadeou precisamente um contágio de um vírus espiritual positivo para toda a humanidade. Estava sempre à espera e ansioso, uma vez que a igreja fica a poucos passos de São Pedro, de uma visita sua. Neste momento, quando o mundo vive na tribulação e na doença, e eu disse que na "misericordina" podemos realmente encontrar um remédio, para aqueles que acreditam e confiam em Jesus, a notícia da sua visita é a confirmação do programa de misericórdia do Papa Francisco. Ele sentiu esta vibração da misericórdia desta igreja que está perto dele, e como sempre, o Papa soube ir ao coração desta misericórdia.
A sua igreja está perto, unida ao Hospital Santo Espírito. O senhor acha que neste domingo o Papa irá lançar uma mensagem relacionada à pandemia?
R. - O hospital está atacado à igreja do Santo Espírito em Sassia. Hoje temos realmente de tomar em mãos todos os nossos instrumentos, e a Igreja o faz através do episcopado italiano, tanto nas paróquias como nas dioceses, precisamente para ajudar. Aqui está a misericórdia, os irmãos necessitados, as famílias e as pessoas que nada têm. Temos de consolar e ajudar imediatamente e também nós, sacerdotes, que temos a liberdade de nos movimentarmos, como pediu o Papa Francisco, não devemos poupar-nos, mas ir entre as pessoas, cuidar delas, abençoá-las, consolá-las e levá-las a comunhão. Também desta vez o Papa se move para lançar, a partir deste centro italiano de espiritualidade da Divina Misericórdia, a mensagem de misericórdia para o mundo inteiro. Caso contrário, detemo-nos apenas nos números e nos cálculos econômicos.
Há vinte anos, São João Paulo II instituiu esta festa da Divina Misericórdia e proclamou santa irmã Faustina Kowalska. Nestes vinte anos cresceu o culto à Divina Misericórdia na Igreja e também a celebração desta festa?
R. - O Papa João Paulo II deu-me a tarefa de levar desta Igreja do Santo Espírito em Sassia o culto da Divina Misericórdia, e este culto avançou rapidamente, porque com o Ano Santo da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco eu vi imediatamente brotar os frutos desta Misericórdia. Penso nos párocos que aqui vieram buscar imagens, também grandes, de Jesus Misericordioso para as colocar nas suas paróquias. Vejo, dia após dia, o quanto esta misericórdia entra nas famílias, nas pessoas, mesmo nas pessoas mais distantes da Igreja. Os confessores que confessam nesta igreja são as primeiras testemunhas de todas estas pessoas que mudam completamente as suas vidas. Por isso, esta misericórdia avança mais do que um vírus. Este ano temos recordamos precisamente 20 anos da canonização de Santa Faustina, 15 anos da morte santa e cem anos do nascimento, em 18 de maio, de São João Paulo II.
Fonte: Vatican News