Data: 20/01.
20 - São Sebastião - + 288
A reprodução do martírio de São Sebastião, amarrado a uma árvore e atravessado por flechas é uma imagem milhares de vezes retratada em quadros, pinturas e esculturas, por artistas de todos os tempos. Entretanto, nem todos sabem que o destemido Santo não morreu daquela maneira. O suplício das flechas não lhe tirou a vida, resguardada pela fé em Cristo. Vejamos como tudo aconteceu.
Sebastião nasceu em Narbônia, na Gália, atual França, mas foi criado por sua mãe em Milão, na Itália, de acordo com os registros de Santo Ambrósio. Pertencente a uma família cristã, foi batizado ainda pequenino. Mais tarde, tomou a decisão de engajar-se nas fileiras romanas e chegou a ser considerado um dos oficiais prediletos do imperador Diocleciano. Contudo, nunca deixou de ser um cristão convicto e protetor ativo dos cristãos.
Ele fazia tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho Tibúrcio foram convertidos por ele. Em certa ocasião, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Teve então, que comparecer ante ao imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento.
O imperador da época era ninguém menos que o sanguinário Diocleciano, que lhe dispensara admiração e confiara nele, esperando vê-lo em destacada posição no seu exército, numa brilhante carreira e por isso considerou-se traído. Levado à sua presença, Sebastião não negou sua fé. O imperador lhe deu ainda uma chance para que escolhesse entre sua fé em Cristo e o seu posto no exército romano. Ele não titubeou, ficou mesmo com Cristo. A sentença foi imediata: deveria ser amarrado a uma árvore e executado a flechadas.
Após a ordem ser executada, Sebastião foi dado como morto e ali mesmo abandonado, pela mesma guarda pretoriana que antes chefiara. Entretanto, quando uma senhora cristã foi até o local à noite, pretendendo dar-lhe um túmulo digno encontrou-o vivo! Levou-o para casa e tratou de suas feridas até vê-lo curado.
Depois, cumprindo o que lhe vinha da alma, ele mesmo se apresentou àquele imperador anunciando o poder de Nosso Senhor Jesus Cristo e censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo e irado com tamanha ousadia, o sanguinário Diocleciano o entregou à guarda pretoriana após condena-lo, desta vez, ao martírio no Circo. Sebastião foi executado então com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a morte, no dia 20 de janeiro de 288.
Os algozes cumpriram a ordem e, para evitar a sua veneração, foi jogado numa fossa, de onde a piedosa cristã Santa Luciana o tirou, para sepulta-lo junto de São Pedro e São Paulo. Posteriormente, em 680, as relíquias foram transportadas solenemente para a Basílica de São Paulo Fora dos Muros, construída pelo imperador Constantino. Naquela ocasião em Roma a peste vitimava muita gente, mas a terrível epidemia desapareceu na hora daquela transladação. Em outras ocasiões foi constatado o mesmo fato; em 1575 em Milão, e em 1599 em Lisboa, ambas ficando livres da peste pela intercessão do glorioso mártir São Sebastião
No Brasil, diz a tradição, que no dia da festa do padroeiro, em 1565, ocorreu a batalha final que expulsou os franceses que ocupavam a cidade do Rio de Janeiro, quando São Sebastião foi visto de espada na mão entre os portugueses, mamelucos e índios, lutando contra os invasores franceses calvinistas.
Ele é o protetor da Humanidade, contra a fome, a peste e a guerra e é claro do cartão postal do Brasil, a cidade maravilhosa de São Sebastião do Rio de Janeiro.
20 - Santo Fabiano, papa - + 250
Fabiano era um fazendeiro cristão nascido em Roma. Era um laico, quer dizer, não era um sacerdote, mas mesmo assim foi escolhido pelo povo e pelo clero, à ocupar a cátedra de São Pedro. Tudo aconteceu, devido a um fato ocorrido, quando a assembléia cristã estava tentando escolher o novo pastor da Igreja de Roma. Num determinado momento uma pomba, símbolo do Espírito Santo, pousou sobre sua cabeça e eles entenderam isto como um sinal de Deus. Foi eleito e ordenado: diácono, presbítero e bispo no mesmo dia, 10 de janeiro de 236. Depois de ser consagrado o vigésimo sacerdote a ocupar a Cátedra da Igreja de Roma, o então papa Fabiano se dirigiu ao túmulo de São Pedro para rezar.
Administrador nato, realizou o censo do povo de Cristo, presente na cidade de Roma. Depois dividiu a cidade em sete distritos eclesiásticos, ou paróquias, e delegou a cada uma os seus paroquianos, seu clero e suas catacumbas, como eram chamados os cemitérios. O papa Fabiano que era um quase desconhecido antes da eleição, foi muito apreciado também por suas intervenções doutrinais, especialmente nas controvérsias da Igreja da África. Sob seu pontificado de catorze anos, houve paz e desenvolvimento interno e externo da Igreja.
Segundo são Cipriano, bispo de Cartago, capital romana da África do norte, o próprio imperador Décio, admitia a sua competência e teria dito que preferia um rival no Império a um bispo como Fabiano em Roma. O soberano estava com problemas no seu governo, os domínios romanos diminuíam devido às constantes rebeliões, por isto definiu os cristãos como culpados e desencadeou uma ferrenha perseguição contra toda a Igreja.
Ocorreu um grande êxodo de cristãos de Roma, que se deslocaram para o Oriente à procura das comunidades religiosas dos desertos, um pouco mais protegidas das perseguições. Este foi o início para a vida eremita, com os “anacoretas”, mais conhecidos como os padres do deserto. Entretanto, o papa Fabiano permaneceu no seu posto e não renegou a fé, sendo decapitado no dia 20 de janeiro de 250.
Assim escreveu sobre ele são Cipriano na Carta que enviou ao clero romano: “Quando era ainda incerta entre nós a notícia da morte desse homem justo, meu companheiro no episcopado.. a carta que me enviastes... por ela fiquei... a par da sua gloriosa morte. Muito me alegrei, porque a integridade do seu governo foi coroada com um fim tão nobre.”
Depois do seu martírio, a Cátedra de Pedro ficou desocupada por mais de um ano, até que o clero e o povo de Roma pudessem eleger um novo bispo, devido à intensa perseguição ao catolicismo.
20 - Maria Cristina (Brando) da Imaculada Conceição - +1906
Adelaide Brando nasceu no dia primeiro de maio de 1856, numa família com boa situação financeira. O pai, João homem muito respeitado, ocupava um importante cargo num Banco da cidade. Aos doze anos, na noite de Natal, ajoelhada diante do Menino Jesus, ela se consagrou a Deus com um voto de perpétua virgindade. Quando desejou ser uma Sacramentina encontrou oposição do seu pai, que depois a abençoou e permitiu que se juntasse à sua irmã Maria Pia, uma clarissa do mosteiro das Fiorentinas, em Nápolis.
Mas uma grave doença a fez regressar para casa duas vezes. Uma vez curada, em 1875, ingressou na congregação das Sacramentinas, e depois de um ano tomou o hábito e mudou o nome para o de Maria Cristina da Imaculada Conceição. Porém tornou a adoeceu e foi forçada a deixar o caminho que havia iniciado com tanto fervor.
A esta altura pôde perceber que tinha chegado o momento de criar uma família religiosa. Assim, no ano de 1878, enquanto morava no pensionato junto às Teresianas de Torre del Greco, lançou os fundamentos da Congregação das Irmãs Vítimas Expiadoras de Jesus Sacramentado que cresceu rapidamente, apesar das escassas economias e das oposições, sem falar da precária saúde da Fundadora.
Depois de ter passado por várias sedes, a comunidade, seguindo os conselhos dos seus diretores espirituais: padre Michelangelo de Marigliano e beato Ludovico de Casoria, se transferiu para Casoria, não muito distante de Nápolis. A nova congregação encontrou muitas dificuldades mas conseguiu se manter com a ajuda da Divina Providência e de muitos benfeitores e sacerdotes, dentre os quais se sobressai o padre Domenico Maglione. A congregação se enriqueceu com novos membros e casas; sempre testemunhou uma grande devoção para com a Eucaristia; e primou pelo constante empenho e cuidado na educação de meninos e meninas; carisma desta família de religiosas.
No ano de 1897, Maria Cristina emitiu os votos temporários; no dia 20 de julho de 1903 a congregação obteve a aprovação canônica da Santa Sé; e, no dia 2 de novembro do mesmo ano, a Fundadora, junto com muitas irmãs, emitiu a profissão perpétua.
Ela viveu com generosidade, com perseverança e alegria espiritual a sua consagração e assumiu o encargo de superiora geral com humildade, prudência e amabilidade, dando exemplos contínuos de fidelidade a Deus e à vocação, trilhando o caminho da santidade. No dia 20 de janeiro de 1906, entrou na vida eterna que sempre desejou, no Reino de Deus.
Assim como viveu, morreu, sem marcas de prodígios, mas com um semblante sereno que significava a vontade de Jesus Cristo totalmente cumprida. A congregação por ela fundada em Nápolis se espalhou pela Itália e muitos outros países, com suas filhas empenhadas hoje como ontem no árduo caminho da virtude, sendo guiadas na luminosidade do seu exemplo.
O papa João Paulo II a beatificou no ano 2003, em Roma, indicando sua festa para o dia de sua morte.
20 - Beato Angelo Paoli - 1642 - 1720
Angelo Paoli, nasceu em Argigliano, na Toscana, em 1642. Particularmente com um espírito de caridade, ele foi admitido no Noviciado dos Carmelitas de Siena a 18 anos, onde ela fez seus votos e continuou seus estudos até seis anos mais tarde foi ordenado sacerdote em Florença, emprestando seu trabalho no Carmelo de Pisa, Empoli , Montecatini, Cupoli, Monte Catino e Fivizzano. Ele tinha uma especial devoção à Paixão de Cristo e de previdência em erigir muitas cruzes nas colinas ao redor Fivizzano e, em seguida, mudou-se para Roma, foi dele a idéia de colocar uma no centro do Coliseu.
Em 1687, de fato, ele foi transferido para Roma, no convento da Igreja dos Santos Martino ai Monti, onde permaneceu até sua morte. Ele dedicou todo o seu tempo ao cuidado dos pobres e doentes do hospital nas proximidades de São João de Latrão (ele foi chamado de “Pai dos pobres”) e à instrução de noviços. Incapaz de suportar a visão do Coliseu, um lugar para ele banhada pelo sangue dos mártires, que foi agora reduzido a um atalho para vagões e abrigo noturno para pessoas de todos os tipos, pediu insistentemente ao Papa Clemente XI, para tentar corrigir a situação.
O pontífice, embora hesitante, deu-lhe permissão, e o frade, com a ajuda de voluntários, começou a trabalhar pessoalmente para fechar os arcos com paredes maciças e portas com colunas atravessadas por grandes ferros. Também colocado dentro três grandes cruzes de madeira e outras três no Monte Testaccio - uma colina composta de fragmentos de cerâmica romana e - para torná-lo semelhante ao Calvário.
Papa Clemente XI, como seu predecessor Inocêncio XII, ofereceu-lhe o posto de cardeal, proposta que ele rejeitou categoricamente porque “teria sido inpedido de dar aos pobres e que eu não poderia ajudar mais.”
Entre os admiradores do Padre Angelo estavam cardeais, prelados, nobres. ele usou esses amigos da alta sociedade para um bom propósito, para realizar seu projeto. Durante as visitas periódicas em hospitais havia notado que os doentes, especialmente os mais pobres, que estando em convalescença, rondavam a cidade ainda fracos e não completamente curados.
E como esperado, caiam doentes, muitas vezes. Padre Angelo ajudou-os, colocando-os em algumas famílias; mas quando os doentes eram muitos, então pensou em construir um hospital para o convalescente, para abrigá-los até que eles tivessem se recuperado totalmente. Então, entre muitas dificuldades e descrença de muitos, foi construído no “high road”, entre o Coliseu ea Basílica de San Giovanni, um hospítal, aberto aos doentes e pobres, e cada vez que um novo hóspede chegava, o Padre Angelo comemorava com um pequeno órgão colocado na capela do prédio.
Providencia Divina nunca fez perder os benfeitores e tal era a abundância de pão e mantimentos que chegavam ao hospítal, que o Padre Angelo distribuia aos pobres que se reuniram às portas do convento de San Martino ai Monti.
A casa de repouso, além de ser uma fundação de cuidado, tinha uma forte conotação social: a doente lá esperando para cicatrizar completamente, aprender uma profissão, a fim de entrar em sociedade e não ser um fardo para ninguém.
Padre Angelo nunca parou e o seu ‘tempo livre’ usou na elaboração do escapulário de Nossa Senhora do Monte Carmelo, que, em seguida, distribuía; quando lhe pediam para descansar, ele respondia suavemente: “O carmelita saboreia o rosto de Jesus, como São João no peito de Jesus, através da oração “.
Sobre os pobres dizem: “Quem cuida dos pobres, cuida de Deus, porque nos pobres devemos reconhecer um Deus bendito”.
Ele morreu 20 de janeiro de 1720, e em 1781 o Papa Pio VI reconheceu suas virtudes heróicas, também por causa dos muitos milagres atribuídos a ele, tanto na vida e depois da morte. O Capítulo Geral da Ordem, realizado em Roma em 1908, incluindo o seu nome entre os Servos de Deus carmelita e apoiado sua causa de beatificação , que foi comemorado em 25 de abril de 2010, durante uma cerimônia solene na Basílica de São João Latrão.
Bendito Angelo Paoli é enterrado em San Martino ai Monti em Roma, sob a placa em que está escrito: “Pai Angelo Paoli, pai dos pobres”.
Festas de Nossa Senhora e de outros santos
20/01 - Nossa Senhora dos Milagres
Alphonse Ratisbonne nascido em Estrasburgo em 01 de maio de 1814, filho de judeus ricos banqueiros, seu irmão mais velho Theodor converteu-se e tornou-se padre católico, sendo ignorado por Alphonse. Com problemas de saúde resolveu casar mas antes quis ir visitar alguns lugares pensando em melhorara sua saúde, sendo que iria assumir a parceria com seu tio, e foi para Nápoles para passar o inverno em Malta.
Mas em Nápoles se enganou de caminho e acabou indo para Roma, mesmo assim lá permaneceu e aproveitou para uma turnê pelas ruinas e museus com um guia. Em 8 de janeiro foi chamado pelo nome por um antigo colega, Gustavo de Bussieres, também convertido ao catolicismo e amigo de seu irmão que era padre. Tomando conhecimento de que conhecia muito bem Constantinopla, resolveu conversar mais com ele, tornando-se amigos.
Finalmente Gustavo fez uma proposta a Alphonse, sugerindo um teste, para usar algo que ele lhe daria, uma medalha da Vigem Maria. Apesar de achar ridículo acabou aceitando dizendo se não faz bem, mal também não faz. A filha de Gustavo colocou a medalha no pescoço de Alphonse, o qual riu e disse: Aqui agora sou católico apostólico”, Mas Gustavo pediu mais, pediu que rezasse uma oração todos os dias pela manhã e à noite, o que acabou aceitando, sob a mesma teoria de que se não faz bem, mal também não faz.
Tal atitude acabou irritando-o ainda mais e repelindo mais o cristianismo. Gustavo também rezava muito por seu amigo e convida seus amigos para rezarem pelo amigo judeu. Um destes amigo morre após sofrer um ataque cardíaco e receber os sacramentos e Gustavo se encarrega da preparação do funeral, na basílica de S Andrea dele Frate em Roma. Ratisbone disse que ia espera-lo na igreja e quando Gustavo chegou o encontrou de joelhos em oração, O próprio Alphonse disse “Eu fui mal na igreja quando uma confusão total tomou conta de mim, quando olhei para cima parecia que a igreja inteira tinha sido engolida por uma sombra, exceto uma capela. Era como se todas as luzes fossem todas concentradas nesse único lugar. Olhei para esta capela onde brilhou tanto a luz e sobre o altar uma figura vivam alta, majestosa, bela, cheia de misericórdia. Era a santíssima Virgem Maria, assemelhando-se a sua figura da Medalha Milagrosa. Nesta visão eu cai de joelhos onde eu estava. Impossível olhar para cima por causa da luz ofuscante, eu fixei meu olhar em suas mãos e nelas eu podia ler a expressão de misericórdia e do perdão. Embora ela nada tenha falado, entendi a situação terrível em que eu estava, os meus pecados e a beleza da fé católica.
Gustavo levou Alphonse para o hotel, mas este segurando a medalha em suas mãos diza graças a Deus e finalmente diz com cara transfigurada: “Leve-me a um confessor! Quando posso receber o batismo, não posso viver sem ele? Afinal o que aconteceu pergunta Gustavo? “Isso eu só posso revelar de joelhos a um padre. Imediatamente o leva até a igreja do jesuítas e ao padre Villefort. Lá Afonso tenta se explicar mas chora muito e fica difícil entender, mas ele depois se acalma e tomando a Medalha Milagrosa diz: “Eu vi! Eu a vi!.
Alponse se confessou e depois entrou para o convento para se preparar em 31 de janeiro foi batizado, confirmado e fez sua Primeira Comunhão. Após uma investigação cuidados o Vaticano confirmou que a conversão de Alponse foi milagrosa. Posteriormente foi pintada um quadro de acordo com a descrição de Afonso, que após sua conversão auxiliou seu irmão Teodoro na fundação da Irmandade de Nossa Senhora de Sion em 1843, sendo ordenado sacerdote em 1847. Dedicou-se à conversão dos judeus e mulçumanos até sua morte em 6 de maio de 1884
20 - Nossa Senhora de Sion
Segundo o relato a Virgem Maria teria aparecido a ao jovem Afonso Maria Ratisbone em 20 de janeiro de 1842, diantes deste fato ele e seu irmão Theodoro que eram judeus, convertem-se ao catolicismo, fruto também de uma convivência com cristãos.
A experiência de Afonso foi na igreja de Santo André delle Fratte em Roma, esta experiência foi interpretada pelos dois irmãos com um sinal da vontade de Deus para desenvolver na Igreja um trabalho junto aos judeus, visando sua conversão.
Após o batismo Afonso entrou para a Companhia de Jesus lá permaneceu por vários anos. Theodoro tinha fundado uma pequena comunidade de padres que se dispuseram a colaborar com eles.
Em 1852 com a permissão do papa e do superior geral dos jesuitas Afonso deixou a companhia para colaborar com o irmão.
Juntos, os irmãos Ratisbonne fundaram a Congregação dos Religiosos de Nossa Senhora de Sion que tem por finalidade a glória de Deus, na procura comunitária da santificação de seus membros e do próximo. “
A Congregação Nossa Senhora de Sion é a realização da visão de seu fundador: Theodoro Ratisbonne. Em meados do século XIX, Theodoro Ratisbonne vivia com sua família em uma comunidade judaica de Estrasburgo, França. Ele sabia o que era pertencer a um grupo minoritário dentro da sociedade, conheceu e sofreu discriminação, perseguição e preconceito religioso. E, depois de um longo processo de estudo e reflexão, decidiu aceitar o catolicismo e converteu-se.
A partir daí Theodoro escolheu livremente o compromisso com Deus, através da Igreja Católica, e passou sua vida expressando-o. Ensinava as irmãs da Congregação a respeitarem a cultura e a crença religiosa de todos aqueles com quem entrassem em contato. Ele tinha um irmão, Afonso, que também se converteu ao catolicismo, embora através de uma especial revelação.
Os dois tornaram-se padres e foram responsáveis pelo estabelecimento de uma nova Congregação: A Congregação Nossa Senhora de Sion. Formada por um pequeno grupo de homens e mulheres que trabalhavam com eles, a Congregação ficou encarregada de manter viva na Igreja e no mundo a consciência particular da dimensão judia, na tradição judaico-cristã. Dedicou-se a testemunhar o amor fiel de Deus pelo povo judeu e empenhou-se em promover a compreensão entre cristãos e judeus, bem como entre culturas diferentes.
As irmãs de Sion, hoje, trabalham para combater o anti-semitismo e o racismo em todas as suas formas, substituindo o preconceito e a segregação pelo apreço total da dignidade de cada ser humano. O objetivo da Congregação é promover o respeito pelos grupos minoritários e favorecer a amizade entre todos aqueles com quem entra em contato. Neste sentido, nada melhor que a educação para formar espíritos voltados à abertura e à aceitação do diferente.
Nesta data é comemorada sob este título ou sob o Título de Nossa Senhora do Milagre em Lorraine na França.
20 - Nossa Senhora “des Tables”
‘ A basílica de Notre Dame des Tables, atual é herdeira de uma tradição de mais de um milênio da fé e da vida da comunidade.
A primeiro igreja de Santa Maria, foi construída no virar do ano de mil no cruzamento de Domiciano - depois de caminho Romieux - e Route du Rouergue que levaram à porta Lattara. Ela rapidamente se tornou o berço da cidade atual, levando o título bonita para designar aquilo que é declarado o “serva do Senhor” Notre Dame des Tables. Isso por causa do mercado de barracas e mesas dos cambistas que abrigadas sob sua sombra.
Inclusive existem arquivos que dizem que Nossa Senhora das Tabelas foi presa, junto com as bancas, referindo-se na verdade que nas proximidades da igreja havia o comércio em bancas e tabelas.
Santuário mariano ampliado e embelezado muitas vezes ela era realmente o coração de duas aldeias que se reuniram dentro da cerca comum: Montpellier (cidade do Senhor) e Montpellieret (Bourg Bishop)
Em 1189, muitas graças foram obtidas e muitos milagres registrados em um livro.
Guilhem VI, Senhor de Montpellier, partindo para a cruzada colocou a imagem de Maria segurando o bebê Jesus, em seus braços, com o lema latino: “Virgem Mãe, ora a teu Filho nos ajude sempre“. Ao voltar da cruzada, ele trouxe da Palestina uma estátua de madeira de Nossa Senhora”, que mais tarde desapareceu. Mais tarde, em 1327 e em reconhecimento à proteção de Maria obtidas durante as epidemias, um ourives da rua da Prata doou uma estátua de prata da qual tem a cópia.
A festa é comemorada nesta data na comunidade de Montpellier, na França.
20 - Nossa Senhora do Sino
Esta devoção é bastamnte comum na Itália, por diversos motivos, e o nome não está sempre ligado diretamente aos sinos, mas a acontecimentos vários, que fez com que surgisse o título, com em Ádria-Rovigo na Itália onde desde 1590, Nossa Senhora é venerada sob este título, fruto de uma ajuda especial de Maria ao salvar milagrosamente um grupo de csitão ameçados de morte.
Existem vários relatos alusivos a esta denominação entre eles temos:
Por volta de 1550, em Casaranno, numa colina havia uma fazenda pertencente a Marcello D’Elia. Um dia, durante o trabalho nos campos com bois, um deles parou e não havia nenhuma maneira de fazê-lo prosseguir. Como o animal estava mostrando sinais de querer sacudir o chão com a pata dianteira direita, um grupo de agricultores começou a escavar naquele ponto, e a cinco metros de profundidade, apareceu em seus olhos como um sarcófago feito de pedra local e, quando isso foi aberto, eles encontraram uma imagem de Nossa Senhora. Este foi fechado e colocado num local do qual se via o mar de Gallipoli e, por devoção, foi acesa diante da efígie sagrada uma lâmpada que permaneceu acesa continuamente.
Uns afirmam que isto aconteceu devido ao fato de que numa noite muito tempestuosa, um navio à mercê dos ventos furiosos, jogava de uma lado a outro por ondas gigantescas. O capitão tinha perdido orientação. A destruição parecia inevitável, e a morte da tripulação. Como nenhuma luz era avistada; o capitão voltou-se para Maria, Estrela do Mar, e prometeu que, se ele fosse resgatado, ergueria um santuário. Depois de altos e baixos, alcançou a praia de Gallipoli, o comandante, manteve sua promessa. Ele foi com doze marinheiros até o proprietário do terreno onde a luz estava queimando e pediu para comprar um terreno adequado para a construção de um templo votivo. O proprietário D’Elia, quando soube da intenção piedosa e generosa, deu prodigamente at erra necessária, que dedicou sua homenagem pessoal à Virgem “.
Documentos provam que em 07 de maio de 1565 a a igreja de Nossa Senhora do Sino já existia.
Alguns afirma que a Igreja é anterior a esta data, ou seja por volta do ano 300, construída pelos gregos ou normandos.
Contudo não existe algo que confirme a razão do título, atribuído a Nossa Senhora, embora se distribuam lembranças com a efígie de Maria em um pequeno sino.
20 - Santa Ascla, - +287
Os registros mencionam que Ascla foi martirizada sob Diocleciano em Antinoe, Quanto a data correta, existem dúvidas, teria ocorrido no dia 14 de dezembro, terceiro ano do império de Diocleciano. Já outro relato da paixão de Ascla, coloca que a morte ocorreu no dia 23 de janeiro, segundo ata, que ocasiou sua inserção no martitiológico romano. Já outro relato preservado no Museu Egípcio de Turim coloca a data de sua morte como sendo dia 21 de janeiro. partido em 21 de tobi. O martírio de ASCLA, de acordo com o texto grego e latim, segue cronologicamente a de Philemon e Apolônio e precedido dos tormentos dimpostos por Tirso, Lucio e Callinico. Mas a morte de Ascla é precedida das torturas aplicadas a Apolônio e Philemon e depois a São Pantaleão.
Ascla era natural de Tebas, o levou a sua fé para Arrian, governador da região. Com Arrian embarcou Antinoe, mas um prodígio fez com que o barco ficasse parado, deixando de navegar no rio Nilo, e o desembarque foi permitido apenas quando Arrian escreveu e assinou em uma folha: “Um é o Deus de Ascla e não há outros deuses além Dele”. Ao desembarcar é presa e é atormentada com fogo e depois jogado no rio com uma pedra ao pescoço.
Seu martírio está registrado também nos registros de Apolônio e Philemon.
20 - Beato Basílio Antonio Maria Moreau - 1799 - 1873
O Beato Basílio António Maria Moreau nasceu em Laigné-en-Bélin, distrito de Le Mans (França), em 11 de Fevereiro de 1799. Foi o oitavo de catorze filhos de uma família piedosa. Com seu pároco, o p. Julián Le Provost, aprendeu as primeiras noções de latim. Prosseguiu os estudos no colégio de Château-Gontier, e os terminou no seminário maior de Le Mans.
Em 12 de Agosto de 1821 recebeu a ordenação sacerdotal. Em seu coração ardia o zelo pelas missões, mas seu bispo, Mons. De la Myre, que o queria para professor no seminário diocesano, o enviou a realizar estudos superiores, primeiro em São Sulpício, em Paris, e depois na “Solitude D´Issy”, dirigida também pelos sulpicianos. Ali permaneceu de 1822 a 1823, e encontrou a quem seria seu pai espiritual, o p. Gabriel Mollevaut. Ao voltar a Le Mans, ensinou filosofia, teologia dogmática e sagrada Escritura desde 1823 até 1836. Ao mesmo tempo, desenvolveu com fruto uma intensa atividade pastoral.
Em 1833 participou na fundação do Bom Pastor de Le Mans, instituição destinada à reeducação de delinquentes juvenis. Em 1835 seu bispo, Mons. Bouvier, o encarregou a guia espiritual da congregação dos Irmãos de São José, constituída por laicos fervorosos que tinham como missão instruir a gente do campo de Le Mans.Nesse mesmo ano fundou a sociedade de Sacerdotes Auxiliares, com a finalidade de ajudar aos párocos mediante retiros espirituais, pregações de missões populares e cursilhos.
Em 1 de Março de 1837 o p. Basílio uniu os Sacerdotes Auxiliares com os Irmãos de São José numa única comunidade, que tomou o nome de Congregação da Santa Cruz. Completou sua obra em 1841, fundando o ramo feminino das Marianitas de la Santa Cruz. Desse modo, realizou seu ideal de uma única congregação religiosa com três secções, seguindo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré: aos sacerdotes lhes deu o nome de Salvatoristas; aos irmãos, o de Josefinos; e as religiosas, o de Marianitas.
A finalidade da Congregação era: a educação, a pregação, sobretudo nas zonas rurais e nas missões estrangeiras, o ministério paroquial, a difusão da boa imprensa, assim como a direção de casas destinadas à acolhida de delinquentes jovens ou de pessoas abandonadas. Entre os anos 1840 e 1847 a Congregação, respondendo ao impulso missionário de seu fundador, enviou a alguns de seus membros a Argélia, Estados Unidos e Canadá para estabelecer novas casas.
Por desejo expresso do Papa Pío IX, o p. Basílio fundou na Argélia as primeiras escolas cristãs do país e contribuiu para a introdução e ao progresso da Igreja católica nos Estados Unidos. Em 1853 a Congregação assumiu a responsabilidade da missão em Bengala (atualmente Bangladesh).
A vida do p. Basílio, como a vida de quase todos os fundadores, esteve marcada pelo sofrimento e a incompreensão, mas ele se sentiu sempre um simples instrumento nas mãos de Deus: “A obra da Santa Cruz — escreveu a seus filhos espirituais — não é obra do homem, mas sim obra de Deus mesmo. (...) Por isso os exorto a renovar o espírito de vossa vocação, que é um espírito de pobreza, castidade e obediência”. Ainda que o nome eleito para a Congregação não foi fruto de sua devoção particular à cruz de Cristo, esta esteve muito presente em sua vida, e insistiu a miúdo nela para formar a vida espiritual de seus membros. Por isso deu como lema a sua comunidade o verso de um hino litúrgico: “Salve, oh cruz, nossa única esperança”.
O Beato viveu retirado durante seus últimos anos numa casita junto ao Instituto da Santa Cruz; pregava nas paróquias dos arredores de Le Mans, onde morreu em 20 de Janeiro de 1873. Os três ramos da Congregação, que têm vindo a crescer e estendendo-se pelo mundo, estão presentes em França, África e Ásia. Desempenham sua missão em escolas e universidades, na pastoral e serviços sociais.
20 - Beato Bernardo de Poncelli - sec.XIV
Foi o superior dos Mercedários de Toulouse (França).
Beato Bernardo de Poncelli, distinguiu-se pela sua santidade. Em 1333, antes de fazer a sua profissão solene em Santa Natalia,foi aconselhado por Bendito a tirar o vestido do terciário, para não deixar apenas os pais, mas tudo o que representava em sua vida até o momento; e foi ótimo para a sua orientação em direção à perfeição. Cheio de méritos, morreu santamente na cidade de Toulouse.
20 - Beato Bento Ricasoli de Coltibuono - 1040 - 1107)
Ele nasceu na aldeia de Montegrossi, na diocese de Fiesole, em torno de 1040, e depois de ter vivido muito tempo no mundo, em torno de 1093, ele entrou para o mosteiro de Coltibuono, doou recentemente para Vallombrosani. Mais tarde, com o consentimento do abade, foi morar em um eremitério não muito longe, disse o Castellaccio, onde, entre grande penitência, morreu no dia 20 de janeiro. 1107.
Ele foi sepultado no claustro do mosteiro de Coltibuono, de onde seu corpo, 20 de maio. 1430, foi transferido para a igreja, sob o altar principal. Seu culto, já celebrada na Diocese de Fiesole e na ordem Vallombrosan, foi aprovado pela Igreja em 14 de maio. 1907, por ocasião do oitavo centenário da morte.
20 - Beato Cipriano Miguel Iwene Tansi - 1903 - 1964
No mosteiro de Mount Saint Bernard, perto de Leicester, em Inglaterra, beato Cipriano (Miguel) Iwene Tansi, presbítero, da Ordem Cisterciense, que nasceu no território de Onitsha, na Nigéria, e sendo ainda menino, e contra sua família, abraçou a fé cristã.
Foi ordenado sacerdote, dedicando-se com grande diligência à cura pastoral até que, feito monge, mereceu coroar com uma santa morte uma vida santa (1964). Iwene Tansi nasceu em Aguleri, perto de Onitsha, Nigéria, no ano 1903. Foi batizado com a idade de 9 anos com o nome cristão de Miguel. Seu batismo o afetou profundamente apesar de seus poucos anos, e chocou seus pais não-cristãos, ao atrever-se a destruir seu ídolo pessoal, dado tradicionalmente aos meninos varões no momento de nascer.
Depois de trabalhar por vários anos como mestre e catequista, entrou no seminário em 1925, onde deixou uma impressão perdurável por sua entrega, por seu zelo pelo Reino de Deus e por seu intenso espírito de oração. Foi ordenado sacerdote em 1937 para a diocese de Onitsha. Como sacerdote, trabalhou sem repouso e com toda sua alma durante 13 anos para aliviar as necessidades espirituais e materiais de seu povo. Tinha que caminhar a pé para visitar as aldeias e as capelas de sua grande paróquia. Logo passava dias inteiros no confessionário. Prestava atenção especial à preparação adequada para o matrimónio, contra a tradição, muito difundida entre os pagãos de aquele então, de “matrimónios provisórios”.
A grande quantidade atual de cristãos em muitas aldeias da tribo são testemunhas de seu zelo sacerdotal. Sem embargo e apesar de tudo o que fazia, o P. Tansi sentia-se chamado a servir a Deus de uma maneira mais direta numa vida de oração e contemplação, com o desejo também de trazer a Nigéria a vida monástico- contemplativa.
Assim, no ano 1950, seu bispo o deixou livre para provar sua vocação cisterciense na abadia de Mount Saint Bernard, perto de Nottingham em Inglaterra. No mosteiro se chamava “Padre Cipriano”. A mudança total de vida, especialmente o viver sob a obediência depois de haver sido um líder de seu povo, a mudança de clima, de comida e, sobretudo, a mudança brutal de cultura punham à prova sua vocação.
Mas no ano 1962 Mount Saint Bernard decidiu fundar um convento na África, para isto foi nomeado mestre dos noviços, Padre Cipriano, já muito enfermo, não pôde ir. Morreu em 20 de Janeiro de 1964, poucos meses depois da saída dos fundadores. A reputação de santidade que havia deixado em Nigéria antes de ir a Inglaterra não deixou de crescer. Muitas pessoas afirmaram haver recebido favores por meio de sua intercessão.
Conversão de São João de Deus.
No dia do bem-aventurado mártir São Sebastião, fazia-se, na cidade de Granada, uma festa solene na ermida dos Mártires,… e sucedeu ir lá pregar um homem famoso, mestre em teologia, chamado o mestre Ávila, luz e esplendor de santidade… Com viva argumentação, o santo varão exaltava o prémio que o Senhor oferecera ao seu santo Mártir, por ter padecido por seu amor tantos tormentos, e daqui tirava a conclusão, do que devia fazer o cristão para servir o seu Senhor, não O ofendendo, e até a padecer mil mortes em troca de tão grande recompensa.
João de Deus, ajudado com a graça do Senhor que deu vida àquelas palavras, de tal modo as gravou na sua alma e foram nele tão eficazes, que logo mostraram a sua força e o seu poder.
Com efeito, terminado o sermão, saiu dali como que fora de si, suplicando, em alta voz, a misericórdia de Deus…, saltando e correndo… até chegar à sua morada…Pegou nos livros que tinha; e os que tratavam de cavalaria e coisas profanas, rasgou-os… e os que eram da vida de Santos… dava-os a quem lhos pedisse por amor de Deus… E, assim, nu, descalço e com a cabeça descoberta, voltou, gritando, pelas ruas principais de Granada… Deste modo, andou João, pedindo misericórdia ao Senhor… Sendo visto por algumas pessoas de respeito…, estas levaram-no ao padre Ávila… que, depois de o ter confortado, o aconselhou dizendo: “…Ide em paz com a bênção do Senhor e a minha. Eu confio no Senhor, que não vos será negada a sua misericórdia”. …Internado como louco no Hospital Real, trataram-no com a terapia então utilizada. Esta experiência, ajudou-o a amadurecer a sua vocação, que expressou com estas palavras: “Jesus Cristo me dê tempo e me conceda a graça de eu ter um hospital, onde possa acolher os pobres desamparados e os doentes, para servi-los como eu desejo”». (cf. Francisco de Castro, “História da vida e obras de João de Deus”, capítulos VII. VIII. IX).
A experiência da misericórdia do Pai transformou João de Deus. A memória que hoje celebramos, estimule os Irmãos da Ordem a recordar o dom da própria vocação e a manter a atitude de conversão que quotidianamente se requer, para tornar eficaz a nova hospitalidade.
20 - Santa Esmeralda Calafato de Messina - 1434 -
Esmeralda na verdade: era a bela filha de Bernardo Cofino, embora muitos argumentam que serviu de modelo para s Antonello da Messina para pintar o famoso quadro, “Anunciação”. Mas talvez seja apenas uma lenda, mas isso não diminui em nada a sua beleza célebre a qual ainda hoje podemos perceber; por que, depois de mais de 500 anos de idade, seu corpo ainda está milagrosamente incorrupto, passou incólume mesmo o terramoto de 1908 e é preservado em uma caixa de vidro na posição vertical. O “santo de pé” (como chamava João Paulo II) nasceu em Messina. 25 de março de 1434.
Seu pai, apelidado Calafato (destinado a se tornar o sobrenome da família) é um comerciante, que também exerce transporte marítimo para terceiros, a mãe é um verdadeira cristã que se deixou conquistar pelo espírito franciscano, entrou na Ordem Terceira, e é capaz de transmitir um grande amor por Clara e Francisco especialmente a sua filha Esmeralda.
Com 11 anos, sem o seu conhecimento, ela encontra-se comprometida com um viúvo maduro de trinta e cinco e sofre com esse vínculo por dois anos, até que é, o “namorado” morre de repente, fazendo-a meditar sobre a brevidade da vida e da necessidade de fazer bom uso do tempo .
Mesmo antes dos 14 anos, decidiu entrar para o convento para dedicar-se inteiramente a Deus apesar da rejeição dos pais, para a qual não há falta de outros pedidos de casamento, para a filha tão linda.: Ela rejeita qualquer proposta, provocando, brigas com o pai e ainda tenta fugir de casa.
A estrada para o mosteiro parece diretamente abereta no dia em que o pai morre na Sardenha, durante uma de suas freqüentes viagens a shoppings, mas agora quem não a quer são as freiras: elas têm medo de terem o convento incendiado, conforme ameça dos irmãos do Esmeralda. Ainda assim conseguiu realizar o seu sonho e entrar no convento das clarissas, mesmo antes da idade de 16 anos, mas o que para ela parecia ser o paraíso na terra é revela-ser completamente diferente do que havia imaginado.
A vida espiritual é descontraída; apostilas e favoritismo suavizaram a penitência para atender as necessidades das meninas de boa família que não queriam abandonar completamente o seu conforto; a abadessa, também envolvida em coisas temporais, perdeu de vista o espírito de pobreza que devem ter as filhas de santa Clara. Esmeralda, que juntamente com o véu tomou o nome de Irmã Eustochia, opõe-se a este modo de vida e apelou para um regresso à regra original, dando a ela o primeiro exemplo de uma vida austera, penitente, e de muita oração e serviço às irmãs idosos ou doentes. Confronto inevitável com a abadessa e bastante doloroso, mas necessário: deixa o convento para fundar outro, que segue fielmente a Primeira Regra de Santa Clara. A luta começou em 1464, com o apoio de sua mãe, de uma irmã e alguns fiéis; encontrando também incompreensão por parte dos Frades Menores, que durante oito meses deixaram o novo convento sem assistência religiosa.
Quando se estabeleceu no Monte da Virgem Maria, seu mosteiro foi consolidada, cresceu e ela a orientá-lo com sabedoria e espiritualidade de seus santos. Apaga-se aos 51 anos, 20 de janeiro de 1491 e com a assinatura de Deus em sua vida santa, são os milagres que acompanham este irmã na vida e na morte, tornando-se altamente venerada.
20 - Santo Eutímio, o Grande - 378 - 473
Nasceu na Armênia e foi consagrado a Deus desde sua infância, foi para Jerusalém, onde passou refugiando-se no deserto, foi visto como uma grande exemplo de humildade e obediência, e por observar a disciplinanuma de suas “lauras”.* Muito venerado no Oriente.
Segundo o seu biógrafo grego, do século VI, chamado Cirilo de Scitópolis, Eutímio era filho de um rico mercador de Melitina, hoje Malatia, na Turquia. Foi educado em casa do Bispo Orteu de Melitina, o que leva alguns historiadores a concluírem que, provavelmente, Eutímio teria ficado órfão muito jovem.
Por volta de 396, Eutímio foi ordenado e posteriormente o Bispo nomeou-o superintendente dos mosteiros da diocese. Quando Eutímio tinha cerca de 30 anos, retirou-se para uma cela, a cerca de 10 quilómetros de Jerusalém. Sustentava-se fazendo cestos e guardava para si só o suficiente para comprar pão, distribuindo o restante pelos necessitados. Cinco anos mais tarde, foi viver em uma gruta perto de Jericó com um homem chamado Theoctistus. Um pequeno número de discípulos em breve se reuniu à sua volta, formando uma pequena comunidade. De início, Eutímio e Theoctistus deixavam a cela regularmente para oferecerem aos seus seguidores conselhos espirituais. Contudo, com o crescimento da comunidade, Eutímio deixou Theoctistus à frente da comunidade e começou a deslocar-se de caverna em caverna, perto do Mar Morto, de forma a levar uma vida mais solitária de oração.
Conta-se que, após Eutímio ter curado um menino paralítico, filho de um xeque árabe, se converteram tantos árabes que o Patriarca de Jerusalém consagrou Eutímio Bispo e construiu um mosteiro entre Jerusalém e Jericó. Também se conta que a Imperatriz Eudóxia, viúva do Imperador Teodósio II, procurou o seu conselho. Eutímio veio a falecer aos 95 anos, tendo passado quase 70 anos da sua vida no deserto.
20 - Beato José Freinademetz - 1852 - 1908
“As crianças reclamam pão e não há quem lho reparta” (Lm 4, 4). Ao ouvir estas palavras José Freinademetz pensou de si para consigo: «Quão ingente multidão de homens que, pela carência de missionários, não conhecem ainda o pão da vida nem podem escutar a palavra de Deus». Estas considerações calaram tão fundo na alma do Servo de Deus que vão traçar o rumo da sua vida.
Nasceu a 15 de Abril de 1852, na cidade de Badia, na Áustria. No mesmo dia foi batizado e recebeu o nome de José. Desde criança aprendeu as línguas rético-romana e italiana. Aos doze anos começou a estudar o alemão, a fim de ingressar no seminário. Graças à força de vontade, que lhe era natural, ultrapassou todas as dificuldades e esteve sempre entre os primeiros da classe.
A 25 de Junho de 1875 ordenou-se sacerdote e assumiu as funções de professor e catequista na paróquia de São Martinho. Lá entregou-se principalmente à instrução e educação dos jovens. Decorridos dois anos, pediu licença ao Bispo para se consagrar às missões estrangeiras. O Prelado, em 1878, acedeu ao seu pedido. Com esse fim ingressou no seminário de Steyl, na Holanda, fundado e dirigido pelo Servo de Deus, Arnaldo Janssen.
Tendo feito voto de obediência, partiu no ano seguinte para Hong-Kong, onde se preparou para a missão da China. Entregou-se de alma e coração ao estudo da língua e costumes chineses. Convencido de que era o meio mais adequado para fazer apostolado. Fez-se assim chinês como os chineses, como Paulo se fez tudo para todos a fim de salvar a todos.
Foi operário infatigável na vinha do Senhor, percorrendo de lés a lés o Vicariato de Shantung Meridional. Põe especial empenho na formação de catequistas. tendo-lhe sido confiada a regência do Seminário, a sua maior preocupação era que os sacerdotes chineses saíssem bem formados. Ele próprio os acompanhava nos primeiros anos de ministérios pastorais.
O Bispo recorria a ele sempre que fosse necessário dar início a uma nova cristandade entre pagãos. Nesses casos, o P. José procurava juntar-se aos mais pobres e humildes, compartilhando a sua vida a fim de lhes dar a conhecer as riquezas do reino de Deus. Preparava depois os catecúmenos para o Baptismo e demais sacramentos. Quando a missão estava já em franco progresso, entregava-a alegremente a qualquer missionário, para recomeçar o trabalho noutro ponto do país.
Não é fácil avaliar os trabalhos, angústias, moléstias, doenças, dores físicas e morais suportadas pelo Servo de Deus nesses anos de missionário. Apesar da sua fraca saúde, foi operário incansável, buscando forças na prolongada oração diária. Se o não encontrassem no quarto, era certo encontrá-lo na capela.
Em 1900 foi designado Superior de toda a missão. No desempenho do seu cargo, pôs todo o empenho para que os seus confrades consagrassem tempo diário à oração e todos os anos fizessem exercícios espirituais. Fez suas as palavras de São Paulo: “ Quanto a mim, de muito boa vontade darei o que é meu e dar-me-ei a mim mesmo pelas vossas almas”.
Era prudente e afável, sem deixar de ser enérgico, quando necessário, sobretudo com os negligentes no cumprimento dos próprios deveres, qualquer que fosse a sua idade ou dignidade.
Por trinta anos ininterruptos deu provas de perfeita fidelidade, ao seu Instituto. Missionou até à morte, que ocorreu a 28 de Janeiro de 1908, devido ao mal do tifo, que o contagiou no trato de um doente.
A fama de santidade que o aureolava em vida confirmou-se depois de morto com milagres, que foram oficialmente reconhecidos pela Igreja.
20 - São Neófito de Niceia - séc. IV
Foi um jovem cristão de Nicea, em Bitinia. Seus pais foram cristãos, desde a época em que Diocleciano governava o Império. Como dado prodigioso de sua vida, se conta que, aos nove anos, era capaz de instruir aos companheiros de sua idade e que aos dez, se retirou para uma gruta do monte Olimpo.
Uma estranha besta vermelha saiu da sua cova para o sitiar. Quando tinha quinze anos, e na altura em que a perseguição ardia com mais fúria, foi detido por ser cristão, em Niceia de Bitinia.
Recusou-se a sacrificar aos ídolos e por este motivo foi açoitado com varas e atirado a um braseiro ardente. Como estes suplícios não fizeram nenhum efeito nele, foi decapitado. Barónio nas suas Notas sobre o martiriologico romano, foi inscrito no dia 20 de Janeiro como sua data de morte, segundo o que disse dele o monológico grego.
20 - São Vulfstano - 1008 +1095
Religioso beneditino nomeado Bispo de Worcester por indicação do rei Santo Eduardo III. Opôs-se ao tráfico de escravos e apoiou as reformas gregorianas.
Martirológio Romano: Na cidade de Worcester, na Inglaterra, são Wulfstano, bispo, que, passando do claustro à sede, manteve os costumes monásticos junto ao zelo pastoral. Visitou incansavelmente as paróquias de sua diocese, ocupando-se em erigir igrejas, fomentar os estudos e condenar a venda de escravos (1095).
Beneditino e bispo de Worcester; nasceu em Long Itchington, Warwickshire, Inglaterra, aproximadamente em 1008; morreu em Worcester, em 19 de Janeiro de 1095. Foi educado nas grandes escolas monásticas de Evesham e Pterborough. Resolutamente combateu e superou as tentações de sua juventude, e ingressou ao serviço de Brithege, Bispo de Worcester, que o ordenou como sacerdote aproximadamente em 1038. Recusando todas as prerrogativas eclesiásticas, chegou a ser noviço no grande priorado de Worcester, e logo de ocupar posições em várias oficinas no mosteiro chegou a ser prior da catedral. Manteve esta posição de maneira edificante, guiado por seu sentido de caridade, santidade em sua forma de vida, e estrita observância das normas,até 1062, quando a Sede de Worcester teve como vacante o cargo de Bispo, devido a que quem o ocupava, o Bispo Aldred, foi para ser Arcebispo de York.
Dois cardeais romanos, recomendaram a Wolstan ante o Rei Eduardo para que preenchesse esta vaga. Estes dois cardeais haviam sido hóspedes de nosso personagem com anterioridade. O rei acedeu e o consagrou em 8 de Setembro de 1062. Não foi exatamente um homem de aprendizagem especial, nem de grande intelecto, sem embargo se dedicou com devoção durante sua vida completa ao cuidado de sua diocese, visitando, pregando, e confirmando. Sem intermediários, reconstruiu sua catedral no mais puro estilo saxão, além de estabelecer igrejas em muitos lugares.
Em tudo isso manteve sua atitude e forma de vida caracterizada pelos hábitos ascéticos que havia adquirido em sua vida enclaustrada. Não obstante isso, sua vida esteve cheia de assíduas atividades, além de estar dedicada à oração e meditação. Os Salmos estiveram sempre em seus lábios, e recitava o Divino Ofício em voz alta, com os assistentes no que ia até à área rural a fim de cumprir com seus deveres episcopais. Wolstan foi o último bispo inglês que foi nomeado por um rei saxão, o último representante episcopal representante da Igreja de Bede e de Cuthbert, e o enlace entre estas igrejas e a Igreja de Lanfranc e Anselmo.
Logo após a conquista, quando quase todos os saxões nobres e o clero foi despojado de suas oficinas e honras a favor dos normandos, Wolstan reteve sua sede, e gradualmente foi ganhando a estima e a confiança tanto de Lanfranc e do próprio conquistador. Aelred de Rievaulx conta a lenda de quando se lhe pediu que renunciasse a ser bispo, e de como colocou sua cruz frente ao túmulo de Eduardo o Confessor em Westminster. A cruz se manteve fixa, como um símbolo do céu de que o santo bispo devia permanecer em seu cargo. Sobreviveu tanto a Guillermo o Conquistador, como a Lanfranc, e foi um dos que consagrou a Santo Anselmo.
Santo Estevão Min Kuk-ka, mártir +1840. Catequista coreano decapitado na prisão, por ser catequista e por se recusar renegar a fé.
Santo Eusébio (†1270) — de início, viveu como eremita sobre o monte Pilos, na Hungria. A seguir, foi abade da Ordem de São Paulo Eremita, por ele fundada, cujas constituições foram ditadas por Tomás de Aquino.
São Feighin (†665) — abade de muitos nomes (Fechin ou Vigean), fundador de diversos mosteiros na Irlanda.
Beato Lourenço Wang (1811-1858) — catequista chinês, martirizado em Mao-Ken.
São Mauro ou Amaro (†946) — bispo beneditino, sobrinho de Gregório IX. Abade do mosteiro de Classe, próximo a Ravena; depois, bispo de Cesena. Comprazia-se em se enclausurar por longos períodos numa caverna natural — local da futura abadia de Santa Maria do Monte.
São Molaca ou Laicin — abade irlandês do século VII. Viveu em Gales, próximo a São David; fundou um mosteiro nas imediações de Fermoy.